Initial responses to questionnaires used to assess participants' understanding of informed consent for malaria vaccine trials conducted in the United States and Mali were tallied. Total scores were analyzed by age, sex, literacy (if known), and location. Ninety-two percent (92%) of answers by United States participants and 85% of answers by Malian participants were correct. Questions more likely to be answered incorrectly in Mali related to risk, and to the type of vaccine. For adult participants, independent predictors of higher scores (...) were younger age and female sex in the United States, and male sex in Mali. Scores in the United States were higher than in Mali (P = 0.005). Despite this difference participants at both sites were well informed overall. Although interpretation must be qualified because questionnaires were not intended as research tools and were not standardized among sites, these results do not support concerns about systematic low understanding among research participants in developing versus developed countries. (shrink)

Rarely does research in the history and philosophy of science lead to new empirical results, but that is exactly what has happened in one of the essays of this special issue: Rang and Grebe-Ellis have developed new experimental techniques to perform measurements Goethe proposed 217 years ago. These measurements fit neatly with Goethe’s idea of polarity—his complementary spectrum is not only an optical, but also a thermodynamical counterpart of Newton’s spectrum. I use the new measurements, firstly, to argue against (...) the asymmetries between light and darkness posited by Lyre and Schreiber; and, secondly, to explicate the alternative theory that Goethe had introduced to urge scientific pluralism. In my replies to exegetical criticism by Böhler, Hampe and Zemplén, I show that the main goal of Goethe’s Farbenlehre was indeed to expose symmetries between light and darkness. Furthermore, I argue that it is worthwhile to focus on the experiments, arguments and hypotheses of the Farbenlehre, and not merely on rhetorical, narrative or stylistical aspects, as Böhler and Hampe would have it. Goethe’s criticism of Newton is often dismissed, but it is in fact surprisingly relevant today. (shrink)

contents -/- ONT vol 1 i. short review: Beyond the Black Rainbow ii. as you die, hold one thought iii. short review: LA JETÉE -/- ONT vol 2 i. maya means ii. short review: SANS SOLEIL iii. vocab iv. eros has an underside v. short review: In the Mood for Love -/- ONT vol 3 i. weed weakens / compels me ii. an Ender's Game after-party iii. playroom is a realm of the dead iv. a precise german History v. short (...) review: STATUES ALSO DIE vi. Kenneth Clark, curator for Fascism vii. a protest poem, in industry lit viii. Lawrence and the English Romance -/- ONT vol 4 i. short review: The Eyes of Tammy Faye ii. vR is efficient R iii. all thru Asia, robes for monks iv. same of God, and of the one God sent v. i thought of the Messiah / muse would be vi. conscience is strong vii. a monk's exalted end -/- ONT vol 5 -/- i. for Shakespeare's Richard the Third ii. the truth is i pass over so many words iii. the boori nazar / nadhar iv. i've awe for jihaad v. short review: Hail, Caesar! vi. a minute of Nothing, gone from YouTube vii. we were rivalrous friends, again viii. my bardo pdf ix. within i'm a weak old mandarin -/- ONT vol 6 i. short review: The Intern ii. the confusion of Chinatown iii. we'll remember water, in Theology iv. Respironics versus ResMed v. i'd bet my life for what vi. the Mad Max deity vii. they'd kill my rat, not heal him -/- ONT vol 7 i. Austen would eroticize all life ii. Merchant/Ivory, a name oddly right iii. Ellie Arroway / Agent Starling iv. abattoir / l’abattoir / laboratoire v. von Neumann's brain an anomaly vi. was terrified of death, delighted in the a-bomb vii. the Greatest Brain is variously named -/- ONT vol 8 i. the day they shot the sacrifice ii. Yay or Nay, on Animal Testing iii. an ought is an is / an is is an ought iv. Behaviorism is for zombies v. a finding from the neuro-lab, on empathy vi. i’ve never had discernible abs vii. a cowardice i'm assenting to perpetually -/- ONT vol 9 i. Day of the Locust / Triffids ii. we're wide on a Paramount soundstage iii. HOLLYWOOD, an ecologic history iv. yet one more site of end-time art v. he's "a bookworm with bulging lobes" vi. apartment is my state of being apart vii. enlightenment means a weight's release -/- ONT lates and xtras i. re Gödel's ontological argument ii. deep in pi's numeric noise iii. from Nothing, something iv. endless in the wrong direction, tragic v. they give you all Eternity to answer vi. what of God's mercy? vii. informed consent and prayer viii. i won't live on. a deed i've done may ix. my selective memory x. Janus means: in close-up foam, two faces xi. a liveable world is a readable world xii. what Supervenes from this? xiii. at each extreme our naming is anachronism xiv. Cat is a collapsing of the wave-function xv. diminishing returns in the history of Experiment xvi. all those undershared Nobels xvii. ice preserves the Cold from heat xviii. a desert spreads xix. Pinker's wit, on jokes xx. Rome surrounds St. Paul / Paul is now the center xxi. each is a gathering Ministry xxii. white boy shot execution-style xxiii. the McDonald's Statement of Claim xxiv. first & last: Don Quixote / Ulysses xxv. The Summer of Rave xxvi. this electro is intrinsically anonymous xxvii. all thru Asia, Drake-Rihanna xxviii. WHO IS BETTER: PLATON OR KANT? (shrink)

INTRODUÇÃO O anestro pós-parto é o período após o parto no qual a fêmea não apresenta ciclos estrais (atividade cíclica). Na vaca leiteira, o parto é seguido de um período de inatividade ovariana de duração variável, que é principalmente afetada pelo estado nutricional, produção leiteira, ganho ou perda de condição corporal antes e depois do parto, e por condições patológicas como hipoplasia dos ovários, cistos ovarianos, mumificação uterina, piometra entre outras, além, também, de condições ambientais como instalações que podem causar (...) estresse etc. 1. Controle neuroendócrino do anestro Entre os 12 e 15 dias pós-parto, as células gonadotróficas presentes na adenohipófise começam a produzir e secretar o FSH (hormônio folículo estimulante), o qual estimula a primeira onda folicular; entretanto, nenhum folículo dominante do(s) ovário(s) chega a completar seu desenvolvimento devido à carência de estímulo apropriado do LH (hormônio luteinizante) que também é produzido pelas mesmas células e que deve estar presente em altas concentrações. Nas 2 primeiras semanas pós-parto (primeiros 15 dias), as concentrações circulantes de LH são baixas, o que se deve à ausência de reservas do LH e à incapacidade temporal da hipófise para responder ao estímulo da GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina). Entre os dias 15 e 20 pós-parto, a hipófise aumenta a sua capacidade para responder ao GnRH; entretanto, o estabelecimento do padrão de secreção do LH adequado para estimular a maturação e a ovulação do folículo dominante das primeiras ondas foliculares depende fundamentalmente do balanço energético. 2. Fatores que determinam o início da atividade ovariana pós-parto Na vaca leiteira, é frequente que algum dos primeiros folículos dominantes que se desenvolvem durante as primeiras duas ou três semanas complete a sua maturação e chegue à ovulação, isto é, madure e ovule. O fator limitante para o reinício da atividade ovariana é o balanço energético negativo (BEN). No gado leiteiro, o consumo de matéria seca (CMS), após o parto, deverá ser aumentado em até quatro vezes, para cobrir a demanda de nutrientes para a produção de leite e mantença; no entanto, a vaca é incapaz de consumir a exigência de matéria seca, por isso recorre a suas reservas de gordura e proteína, e cai em BEN. As vacas que consomem menos matéria seca, produzem menos leite, têm um BEN mais profundo e o período do parto à primeira ovulação é maior. O nível mais baixo do BEN é alcançado entre os 10 a 20 dias pós-parto e a vaca continua em BEN até os 70 a 80 dias pós-parto e, em alguns casos, até aos 100 dias pós-parto (vacas primíparas). Entretanto, mesmo com BEN, uma proporção elevada das vacas inicia sua atividade ovariana normal nas primeiras 8 semanas pós-parto. As vacas que alcançam um nível baixo de BEN rapidamente e saem deste ponto mínimo de forma rápida, iniciam sua atividade ovariana mais rápido também (20 a 30 dias pós-parto) do que aquelas que têm um BEN mais profundo e duradouro, essas muitas vezes permanecem em anestro aos 70 dias pós-parto (figura 1). As mudanças na condição corporal estão correlacionadas positivamente com as concentrações séricas de insulina, IGF-I e leptina; assim, a maior qualificação da condição corporal é maior mediante a concentração sérica desses hormônios, que atuam principalmente como sinais que chegam ao hipotálamo e modificam a frequência de secreção do GnRH e, consequentemente, de LH. A leptina é um hormônio que é produzido pelos adipócitos e tem sido proposto que sua concentração é o sinal mais importante de alterações de condição corporal. A transição do anestro para a ciclicidade coincide com um aumento das concentrações séricas de insulina, IGF-I e leptina. Além das mensagens dadas pelos hormônios supracitados, outras substâncias presentes no sangue fornecem informações sobre o estado metabólico do animal. Por exemplo, os ácidos graxos não esterificados e o β-hidroxibutirato são indicadores da mobilização e utilização da gordura corporal; assim, o aumento destas substâncias proporciona uma mensagem inibidora de reprodução. O intervalo médio entre o parto e a primeira ovulação, em vacas leiteiras em sistemas de produção não intensiva, é em torno de 30 dias; enquanto em vacas em sistemas de produção intensiva, é de 40 dias. Deve-se sinalar que é comum aos 70 dias pós-parto, que 20% das vacas ainda não ovulem. Verifica-se frequentemente que as vacas leiteiras desenvolvem folículos que crescem mais que os folículos ovulatórios, os quais convertem em cistos foliculares. Esta condição está associada com insensibilidade do hipotálamo ao retorno positivo do estradiol, o que não desencadeia o pico pré-ovulatório de LH (figura 2). 3. O corpo lúteo dos primeiros ciclos pós-parto Durante um ciclo estral o corpo lúteo tem uma meia-vida fisiológica de 12 a 14 dias; no entanto, na primeira ovulação pós-parto cerca de 25% das vacas desenvolvem corpos lúteos de vida curta (<10 dias), 30% de vida longa (21 a 50 dias) e 45% da vida normal (11 a 20 dias). A regressão prematura do corpo lúteo é uma condição frequente nos ruminantes no primeiro ciclo estral, da transição do anestro à ciclicidade. Ou seja, na vaca é frequente que no primeiro ciclo de pós-parto e da puberdade sejam ciclos curtos; isto deve-se à liberação antecipada da PGF2α. Por outro lado, a causa dos corpos lúteos de vida longa (corpos lúteos persistentes) não é clara, mas está relacionada com alterações na secreção da PGF2α devido a infecções uterinas (tabela 1). 4. Anestro patológico 4.1 Alterações do aparelho genital que causam anestro Na vaca foi calculado que as alterações do aparelho genital que afetam a atividade ovariana representam apenas 10% do total das causas de anestro. Entre as alterações do aparelho genital se encontram os cistos foliculares, cistos luteinizados, aplasia segmentar, piometra e mumificação fetal. . 4.2 Cistos foliculares Os cistos foliculares são a patologia ovariana mais comum nos bovinos leiteiros, causando perdas econômicas devido ao atraso do período do parto ao primeiro serviço, pelo custo dos tratamentos e pelo risco que têm as vacas de serem descartadas. A incidência aumentou à medida que a produção de leite se intensificou. Entre 5 e 30% das vacas desenvolvem cistos foliculares nos primeiros 60 dias do pós-parto; no entanto, cerca de 60% destas se recuperam espontaneamente. Sinais clínicos de vacas com cistos foliculares descritos na literatura são: ninfomania, ciclos curtos, masculinização e relaxamento dos ligamentos pélvicos. Atualmente uma alta proporção de vacas com cistos foliculares apresentam anestro. Por muitos anos um cisto folicular foi definido como um folículo com um diâmetro de 2,5 mm, presente em um ou em ambos os ovários durante um período mínimo de 10 dias, na ausência de um corpo lúteo. Os conhecimentos atuais modificaram o conceito clássico; assim, nem todos os cistos foliculares têm um diâmetro de 2,5 mm; além disso, alguns podem persistir mais de 10 dias. Outros são estruturas dinâmicas, que sofrem regressão e podem ser substituídas por novos cistos. Por esta razão, a definição mais precisa e técnica de um cisto folicular é: folículo de um diâmetro, de pelo menos 20 mm, que está presente em um ou ambos os ovários na ausência de tecido lúteo que interfere com o ciclo estral normal (figura 3). A patogênese dos cistos foliculares não é conhecida. Propõe-se que as vacas que desenvolvem esta patologia têm uma anomalia nos mecanismos de retroalimentação entre o hipotálamo e a hipófise, em conjunto com uma disfunção a nível folicular. É pesquisado e sugerido que em vacas com cistos foliculares, o pico pré-ovulatório de LH não ocorre ou é de menor amplitude, ou não tem uma relação síncrona com o amadurecimento do folículo, o que provoca a falha ovulatória. A alteração na secreção de LH pode obedecer a falta de sensibilidade do hipotálamo ao feedback positivo de estrogênio. Observa-se também que algumas anormalidades a nível folicular, tais como alterações na síntese de hormônios esteroides e uma menor sensibilidade à LH, podem contribuir com a patogenia. Uma vez que o cisto folicular foi estabelecido, observou-se um aumento na frequência de secreção pulsátil de LH, o que contribui com a persistência desta patologia. Existem fatores associados com a incidência de cistos foliculares que, de acordo com a patogenia proposta, podem influenciar ao nível do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Os cistos foliculares ocorrem principalmente durante a transição do anestro pós-parto para a ciclicidade. Neste período as vacas estão em BEN, e tem sido observado que as vacas que sofrem de um BEN mais profundo tendem a apresentar uma incidência maior de cistos foliculares. Por outra parte, há uma correlação positiva entre a produção de leite e a incidência de cistos, o que indica que as vacas que produzem mais leite têm maior risco de sofrer com esta patologia. Também existem outros fatores relacionados com a incidência de cistos foliculares tais como estresse, genéticos, infecções uterinas, estresse calórico e presença de fitoestrogênios na dieta (tabela 2). O tratamento indicado consiste na administração do GnRH, que provoca a luteinização do cisto. É recomendável a combinação com uma dose luteolítica de PGF2α, 7 a 10 dias depois da injeção de GnRH. Também é indicado o tratamento com hCG em vez de GnRH. Em alguns estudos foi possível integrar vacas com cistos foliculares em programas de sincronização da ovulação e inseminação em tempo fixo, com resultados aceitáveis de fertilidade (figura 4). 4.3 Cistos luteinizados Esse tipo de cisto pode se desenvolver a partir de um cisto folicular, também ocorre quando o saco libera um óvulo e, em seguida, se fecha novamente e enche-se de líquido. O tecido luteinizado produz progestágenos do qual os sinais incluem anestro persistente. São bastante mais raros e originam-se pelo contínuo aumento do espaço cavitário central normalmente existente nos corpos lúteos (figura 5). Normalmente, a parede do cisto contém células lúteogranulosas grandes e células tecaluteais pequenas. Se diferenciam com dificuldade de corpos lúteos recém-formados durante o período em que ainda possuem um antro. Os cistos luteínicos únicos, pelo menos os menores, necessitam de importância clínica. Se os cistos são funcionais, a sintomatologia mais destacada é o anestro ou pseudogestação. É preciso lembrar que esses cistos agem como uma fonte de secreção contínua de progesterona, diminuindo assim a resistência do útero a infecções, podendo desencadear-se uma endometrite (figura 6). Se eles forem diagnosticados é recomendável a administração de PGF2α. 4.4 Aplasia segmentar As vacas com esta condição podem gestar quando a ovulação ocorre do lado do corno uterino presente. Se a ovulação acontece do lado onde falta o corno uterino causa anestro. 4.5 Piometra A piometra, por definição, é a acumulação de material purulento no interior da luz uterina que ocorrem geralmente durante ou imediatamente após o período de domínio da progesterona. É uma condição que ocorre mais frequentemente nos primeiros 30 dias pós-parto; no entanto, algumas vacas em anestro que são revisadas no dia 50 pós-parto chegam a ter piometra. O tratamento indicado consiste na administração de PGF2α. 5. Anestro relacionado com o tempo de serviço O anestro em bovinos também é classificado como anestro pré-serviço e pós-serviço. 5.1 Anestro pré-serviço Inclui vacas e novilhas que não tenham mostrado estro, isto é, manifestado cio, no período em que devem ser servidas. Em alguns estudos observou-se que o anestro antes do serviço pode afetar até 50% das vacas elegíveis para apresentar estro. 5.1 Anestro pós-serviço Neste grupo incluem-se as vacas que não retornam ao estro, ou seja, que não retornaram ao cio, 21 dias depois da inseminação e não estão prenhes. Essas vacas são conhecidas como vacas fantasma (The Phantom Cow). A causa principal do atraso do retorno ao estro é a baixa eficiência na detecção de estros; mas também foram descritas outras causas como: inseminação em um estro anovulatório, inseminação em tempo fixo em vacas em anestro, suspensão da ciclicidade após o serviço, fases lúteas longas e morte embrionária. O diagnóstico precoce da gestação é de grande ajuda para conhecer oportunamente o número de fêmeas que não estão prenhes. A ecografia no trigésimo dia pós-inseminação adianta, pelo menos 10 dias, a ressincronização de vacas vazias. 6. Falso anestro ou anestro funcional Este causa as maiores perdas econômicas de caráter reprodutivo em rebanhos leiteiros, e refere-se às vacas que estão ciclando, mas não são observadas em estro pelos trabalhadores. É um dos maiores problemas dentro de um sistema de criação extensivo e, às vezes, semiintensivo, uma vez que é de suma importância a observação técnica e precisa do comportamento da vaca para observar o possível retorno ao cio ou não. 7. Manejo da vaca anéstrica A probabilidade de que a vaca seja inseminada oportunamente depende da eficiência da detecção de estros. É comum que a metade das vacas apresentem estro e não sejam observadas, por essa razão, muitas não são inseminadas uma vez que termina o período de espera voluntária. Por outro lado, há vacas que, por causas patológicas ou por seu estado metabólico, ainda estão em anestro depois que termina o período voluntário de espera. Para identificar as causas da ausência de estros, todas as vacas que não tenham sido inseminadas no dia 60 pós-parto, devem ser revisadas por via retal para aplicar o tratamento ou manejo pertinentes. Durante esta revisão é dada especial atenção às características do útero e nas estruturas ovarianas, já que daqui depende o manejo subsequente. A palpação começa no útero; neste é importante determinar se não há gestação. Posteriormente, avalia-se sua consistência que pode ser normal, edematosa ou turgente. Depois de avaliar o útero procede-se a palpação dos ovários, começando com o direito e, em seguida, esquerdo. Abaixo estão descritas as diferentes descobertas que podem ser encontradas na literatura e seu tratamento ou manejo. O registo dos resultados à palpação é feito através de chaves reprodutivas. 7.1 UN CLD2-3 FE10 Útero normal (UN) com um corpo lúteo 2 ou 3 no ovário direito (CLD2-3) e um folículo no ovário esquerdo de 10 mm de diâmetro (FE10). A consistência normal do útero (é normal quando não há edema ou turgescência) é encontrado em vacas não prenhes durante o diestro, ou em vacas que estão em anestro. O CL 2 ou 3 é uma estrutura bem desenvolvida que deforma o ovário e em alguns casos representa mais de 50% da massa ovariana. Classificá-los como CL 2 ou 3 é uma apreciação subjetiva do tamanho do corpo lúteo e não tem significado prático, pois em qualquer dos casos o manejo é o mesmo. O CL indica que a vaca está em qualquer dia do diestro e, obviamente, indica que está ciclando. Durante o diestro pode-se encontrar folículos de tamanho diferente em qualquer um dos dois ovários, já que este depende das ondas de desenvolvimento folicular. É importante frisar que as estruturas mencionadas podem estar em ovários diferentes ou no mesmo ovário. O achado mais importante nesta fase é a presença do corpo lúteo o que permite o tratamento com a PGF2α, o que resulta na apresentação do estro nas próximas 48 a 120 horas. A presença de um corpo lúteo é o estado fisiológico que é mais frequentemente encontrado neste grupo de vacas, primeiro porque paradoxalmente a maior proporção de vacas em “anestro” está ciclando (anestro funcional) e, em segundo lugar, porque o diestro ocupa 65% dos dias do ciclo estral. 7.2 UE CLD1 FE10-15 Útero edematoso (UE) com um corpo lúteo 1 no ovário direito (CLD1) e um folículo 10 ou 15 mm de diâmetro no ovário esquerdo. O útero edematoso pode ser encontrado no proestro e metaestro. A presença do CL1 e um folículo grande indica que se trata de uma vaca que muito provavelmente é encontrado em proestro. A diferença entre um CL1 e um CL 2 ou 3 é basicamente o seu tamanho; um CL1 é uma estrutura pequena com consistência dura. As vacas que têm estas características devem ser marcadas para que os trabalhadores prestem mais atenção, já que apresentarão o estro nas próximas 48 a 72 horas. Se a vaca não apresentar estro nesse período, deverá ser palpada na semana seguinte. 7.3 UT DE FE10-15 Útero túrgido ou tonificado, ovário direito estático e ovário esquerdo com um folículo de 10 ou 15 mm de diâmetro. Estes achados, além da presença de muco estral, correspondem a uma vaca em estro. Frequentemente, na palpação das vacas do grupo de anestro, há vacas em estro; estas vacas deverão ser programadas para inseminação. 7.4 UE DE EE Útero estático e ovários estáticos. Estas observações correspondem a uma vaca em metaestro; esta decisão tem uma alta margem de erro uma vez que também pode corresponder a um animal no proestro ou em anestro verdadeiro. Um achado que permite ser mais bem sucedido no diagnóstico é a presença de sangue no muco cervical; neste caso, a presença de sangue indica, com certeza, que a vaca está em metaestro; no entanto, nem todas as vacas apresentam este sangramento. As vacas com estes achados devem ser palpadas sete dias depois para confirmar ou corrigir um primeiro diagnóstico. Se a primeira palpação foi correta, na segunda se encontrará um CL2-3. 7.5 UE CHD FE10 Útero edematoso, com corpo hemorrágico no ovário direito (CHD) e com folículo de 10 mm de diâmetro no ovário esquerdo. Estas observações são de uma vaca em metaestro. O corpo hemorrágico é considerado como a fase de transição entre o folículo e o corpo lúteo; o CH é palpado como uma estrutura com uma saliência em forma de papila e é muito suave ao toque. Será necessário esperar 4 ou 5 dias para que se converta num corpo lúteo maduro e assim destruí-lo com PGF2α. Na rotina, estas vacas são palpadas na seguinte revisão (sete dias depois). 7.6 UN DE EE Útero normal e ovários estáticos. Este caracteriza as vacas que estão no anestro verdadeiro. As vacas caem no anestro principalmente por se encontrar em balanço negativo de energia; este problema é mais grave em vacas de primeiro parto. O único tratamento eficaz consiste em melhorar o seu estado metabólico. Tratamentos hormonais não funcionam caso não seja resolvido primeiro o seu estado nutricional. 7.7 UN CFD EE Útero normal, cisto folicular no ovário direito e ovário esquerdo estático. Embora as vacas com cistos foliculares sejam caracterizadas por apresentar estros recorrentes, também chegam a apresentar anestro. O tratamento consiste na administração do GnRH ou hCG. 7.8 UN CLD EE Útero normal, cisto luteinizado no ovário direito e ovário esquerdo estático. Este cisto também é causado por uma deficiência na secreção de LH, só que neste caso a deficiência foi parcial, o que provoca um certo grau de luteinização. O cisto luteinizado é uma estrutura com mais de 20 mm de diâmetro de paredes grossas. O tratamento indicado é a administração de PGF2α. Na prática, é difícil diferenciar um cisto folicular de um luteinizado, pelo que o tratamento recomendado é, primeiro, a administração de GnRH ou hCG e sete dias depois é injetado PGF2α (figura 7). 7.9 Piometra CLD2-3 FE A piometra é uma condição que ocorre principalmente nos primeiros 30 dias pós-parto; no entanto, na revisão das vacas anéstricas são encontradas vacas com esta patologia. O tratamento indicado consiste na administração de PGF2α. 8. Tratamentos hormonais para indução da atividade ovariana O estabelecimento precoce da ciclicidade pós-parto favorece a involução uterina e está positivamente correlacionado com a fertilidade; ou seja, quanto mais ciclos estrais a vaca tenha antes da primeira inseminação, a percentagem de concepção é maior. Um tratamento utilizado para induzir a primeira ovulação pós-parto em vacas anéstricas, consiste na administração de GnRH quando à palpação retal se encontra um folículo grande (> 10 mm). Com isso se pretende fazer o folículo ovular e depois injeta-se PGF2α para provocar a regressão lútea. Outras combinações consistem na administração de GnRH e na inserção de dispositivos de liberação de progesterona e, ao retirar o progestágeno, injeta-se PGF2α (figura 8). No entanto, os tratamentos mencionados são de uso comum, não funcionam em todos os casos. Um requisito para se obter êxito é que as vacas devem ter boa condição corporal ou que estejam ganhando condição corporal. Embora os tratamentos hormonais possam ajudar em alguns casos, não deve-se esquecer que as causas do anestro não são corrigidos apenas com a administração de hormônios, já que a vaca não cicla porque toda a informação do estado metabólico que recebe o cérebro, indica que não o deve fazer. 9. Gonadotropina coriônica equina (eCG) Na égua, por volta do dia 30 de gestação, células do córion migram para o endométrio e formam umas estruturas conhecidas como copas endometriais. Entre o dia 40 e o dia 130 de gestação nestas estruturas é produzido o eCG (anteriormente conhecida como gonadotropina sérica da égua prenha ou PMSG, pela sua abreviatura em inglês). Na égua esse hormônio tem atividade de LH pelo qual estimula a função do corpo lúteo e promove a formação de corpos lúteos acessórios. Nos ruminantes, o eCG se une aos receptores de LH e FSH do folículo, estimulando o desenvolvimento folicular, e no corpo lúteo estimula a secreção de progesterona. O eCG tem sido utilizado com a finalidade de superovulação e em vacas de corte sob anestro é incluído em programas com progestágenos para induzir ciclicidade. Nestes programas é injetado eCG no momento da remoção do progestágeno, o que favorece o desenvolvimento folicular e apresentação do estro. Em rebanhos leiteiros na Nova Zelândia tem sido incrementado a taxa de prenhez sem aumentar a proporção de partos gêmeos, através da injeção de eCG na remoção do dispositivo de libertação de progesterona em programas combinados com a injeção de benzoato de estradiol. RESUMO ➢ Transcorrem 15 dias pós-parto para que a hipófase responda ao hormônio GnRH. ➢ Entre os dias 12 e 15 pós-parto começa-se a secreção de FSH e iniciam as ondas foliculares. ➢ As vacas chegam ao ponto mais baixo de BEN entre os dias 15 e 20 pós-parto. ➢ As vacas iniciam a atividade ovariana normal, em média, após os 40 dias pós-parto. ➢ Aos 70 dias pós-parto é normal que 20% das vacas ainda estejam em anestro. ➢ Na primeira ovulação pós-parto 25% das vacas desenvolvem corpos lúteos de vida curta e 30% mostram corpos lúteos de vida longa (persistentes). ➢ As anormalidades do aparelho reprodutor são responsáveis por 10% das causas de anestro. ➢ 5 a 30% das vacas desenvolvem cistos foliculares nos primeiros 60 dias pós-parto e 60% destas se recuperam de forma espontânea. ➢ No dia 30 pós-inseminação é possível identificar vacas vazias mediante a ecografia e reservá-las para a ressincronização. ➢ A proteína B específica da gestação aparece no soro a partir do 15º dia de gestação. ➢ Para o diagnóstico precoce de gestação é recomendado medir a PSPB no dia 30 pósinseminação e em vacas com mais de 90 dias pós-parto. ➢ Entre os dias 50 e 60 pós-parto todas as vacas não servidas devem ser examinadas via retal para programar seu serviço. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMBROSE, Divakar J. Postpartum anestrus and its management in dairy cattle. Bovine Reproduction, p. 408-430, 2021. BALL, P. J. H.; PETERS, A. R. Reprodução em bovinos. São Paulo: SP, 2006. Características Gerais dos Bovinos/General Characteristics of Cattle Bovine. 2020. Fisiologia da Reprodução Animal: Ovulação, Controle e Sincronização do Cio. 2020. Nutrição Sobre a Reprodução e Fertilidade dos Bovinos. DERIVAUX, Jules; BECKERS, Jean-François; ECTORS, Francis. L'anoestrus du postpartum. Vlaams Diergeneeskundig Tijdschrift, v. 53, p. 215-229, 1984. ELLI, Massimiliano. Manual de reproducción en ganado vacuno. Zaragoza, ES: Servet Edit., 2005. FERNÁNDEZ DE CÓRDOBA DE LA BARRERA, Luis. Reproducción aplicada en el ganado bovino lechero. 1993. FERREIRA, A. de M. Reprodução da fêmea bovina: fisiologia aplicada e problemas mais comuns (causas e tratamentos). Juiz de Fora: Minas Gerais–Brasil, p. 422, 2010. GARVERICK, H. Allen. 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S232-S241, 2007. (shrink)

In recent decades, interest in non-monogamous intimate relationships has grown rapidly. Polyamory, relationship anarchy, consensual or ethical non-monogamy, and more have become popular in academic and public discourse. These practices destabilize the privileging of heterosexual nuclear families and the assumption that romantic coupledom is the ultimate form of love. Non-monogamous approaches flout cultural norms of exclusivity by avowing that intimacy is compatible with multiple dyadic and/or multi-party relationships. This article explores Simone de Beauvoir's theory and practice of non-monogamy in her (...) theoretical writings and diaries. (shrink)

The context for biological emergence is modular hierarchical structures; their existence is what enables functional complexity to arise. Because of the openness of organisms to their environment, complete initial data (position, momentum) of all particles making up their structure is insufficient to determine future outcomes, because unpredictable new matter, energy, and information impacts each organism from the exterior. Consequently, through Darwinian evolution, life has developed processes to handle this issue functionally on short time scales as well on longer developmental timescales. (...) Symbolism and technology are the transforming factors handling this issue at the social levels, which is where the most sophisticated outcomes of openness occur. Considering the cosmological context, the issue is, should the universe itself be regarded as an open system over time? I make the case that is indeed so, because radically new outcomes occur such as the existence of aircraft, iPads, and the internet, which could not plausibly have been encoded in some form of data on the Last Scattering Surface in the expanding universe. (shrink)

In recent years, feminist scholarship on emotional labor has proliferated. I identify a related but distinct form of care labor, hermeneutic labor. Hermeneutic labor is the burdensome activity of: understanding and coherently expressing one’s own feelings, desires, intentions, and movitations; discerning those of others; and inventing solutions for relational issues arising from interpersonal tensions. I argue that hermeneutic labor disproportionately falls on women’s shoulders in heteropatriachal societies, especially in intimate relationships between women and men. I also suggest that some of (...) the gendered burdens of emotional labor that feminist scholars point out would better be described as hermeneutic labor. Drawing on feminist philosophy as well as findings from social psychology and sociology, I argue that the exploitation of women’s hermeneutic labor is a pervasive element of what Sandra Bartky calls the ‘micropolitics’ of intimate relationships. The widespread expectation that women are relationship maintenance experts, as well as the prevalence of a gendered demand-withdraw pattern of communication, leads an exploitative situation to appear natural or even desirable, even as it leads to women’s dissatisfaction. This situation may be considered misogynistic in Kate Manne’s sense, where misogyny is a property of social environments rather than a worldview. (shrink)

Kant holds that the whole “higher faculty of knowledge” (‘reason’ or ‘understanding’ in a broad sense), is a spontaneous faculty. But what could this mean? It seems that it could either be a perfectly innocent claim or a very dangerous one. The innocent thought is that reason is spontaneous because it is not wholly passive, not just a slave to what bombards the senses. If so, then the rejection of Hume’s radical empiricism would suffice for Kant’s claim. But the dangerous (...) thought is that reason, and the ‘I think’ which expresses it, is free, having the power to produce something entirely from itself. While this freedom is characteristic of practical reason, could it be characteristic of reason in general, even in its theoretical employment? Some contemporary interpreters have admirably defended the ‘dangerous’ conception by stripping it of the implication that it makes reason in general entirely self-sufficient. I attempt to add to this effort. However, what I contend is that this weightier conception of spontaneity (‘absolute’ or ‘non-relative’ spontaneity) requires abandoning a certain approach to the question that has been assumed by virtually everyone in the debate—namely, that the question can be answered by siding with either the so-called ‘metaphysical’ or the ‘epistemic’ interpreters of Kant. My goal is to suggest that the proper perspective on reason’s spontaneity resists such characterizations all together, and thereby resists any of the conditions under which it could be understood as ‘relative’ to anything. (shrink)

An entry on the meaning and history of emergence as well as the current debate on emergentism in philosophy and the sciences.

I illustrate a formal similarity between the autonomy-heteronomy relation in Kant and the authenticity-inauthenticity relation in Heidegger, which then serves as an introduction to the affinity as well as the differences between Kant’s philosophy of self-consciousness and Heidegger’s investigation of the meaning of being. I sketch this in a two-fold manner: (1) for Kant and Heidegger, freedom is a form of energeia—a self-sustaining and (in some sense) complete or perfected activity. For each it may also be seen as constitutive of (...) our lived experience of time (or temporality, Zeitlichkeit) as the limit within which our everyday being occurs, allowing for fallenness or un-ownedness to manifest inside time; and (2) for both, the possibility of un-ownedness is to be understood through a form of self-deception. We will see that these two basic points are inextricably linked: freedom or spontaneity as a self-sustaining activity underlying philosophy as a whole, and which constitutes the possibility of activity in time, is the condition of the possibility and actuality of the phenomenon of losing one’s self-ownership to oneself within time. The inextricable link can be seen in the way that all activity which is properly described as taking place inside time always already presupposes a relation to the energeia constituting the whole of time. This distinction between being in time and being constitutive of time is registered in what I call the temporal difference. However, the striking disagreement between Kant and Heidegger may also be understood from this same vantage point. I suggest that this difference lies in the way that Kant conceives of the temporal difference, specifically by emphasizing the independence of self-consciousness from time. (shrink)

Remember that childhood game “Odds or Evens” you used to play in order to settle important disputes such as who gets the last slice of pizza? There was only one element of skill to that game: trying to figure out what the other person would throw. But that wasn’t easy. If your opponent was savvy, that meant trying to figure out what he thought you were going to throw. And that sometimes meant figuring out what he thought you thought he (...) was going to throw. -/- Philosophers call this “thought attribution,” and top poker players are remarkably good at it. The ability to attribute thoughts to other people is especially important in the No-Limit Texas Hold’em tournaments that have, through television and the Internet, swept the globe in recent years. What is required to succeed in this game is not merely attributing “first-order” thoughts to other players, but attributing to them thoughts about your thoughts about their thoughts. In fact, that’s the minimum. The kind of thinking done by the very best players (T. J. Cloutier, Howard Lederer, and Daniel Negreanu are especially good at it) is much more complex than that. -/- In this paper, I explore the light that recent philosophical work on thought attribution sheds on the kind of thinking that goes on at the expert poker table. The paper should be revealing to poker experts and novices alike. And it should be of interest to philosophers interested in poker or thought attribution. -/- The essay is published in Poker and Philosophy, a volume of Open Court's Popular Culture and Philosophy Series. The goal of the series is to introduce philosophical themes to non-philosophers by way of particular topics of interest (in this case poker). (shrink)

In Davidson's philosophy, one finds a wide variety of rich, provocative, and influential arguments concerning the nature of the mind—that mental states emerge only in the context of interpretation, that belief is "in its nature" veridical, that mental events are physical events, and so on. Most, if not all, of Davidson's conclusions about the mind have their source in discussions about the project of "radical interpretation." They rely upon arguments concerning the conditions on the successful interpretation of a speaker by (...) an interpreter who knows nothing initially about the speaker's language or mental states. But what is the relevance of this activity of radical interpretation? Why should the conditions on succeeding at it illuminate anything about the nature of the mind in general? In this paper, I explore these issues. In particular, I will argue that Davidson's confidence in the relevance of radical interpretation for understanding the mind ultimately depends upon a prior and quite substantive view of the mind. Moreover, it is a view of the mind for which Davidson provides little support. Indeed, the little support Davidson does provide appears to depend itself on the very relevance of radical interpretation. (shrink)

The article tries to show that what is often called 'Moderate Deontology' is incoherent.

The method of reflective equilibrium starts with a set of initial judgments about some subject matter and refines that set to arrive at an improved philosophical worldview. However, the method faces two, trenchant objections. The Garbage-In, Garbage-Out Objection argues that reflective equilibrium fails because it has no principled reason to rely on some inputs to the method rather than others and putting garbage-in assures you of getting garbage-out. The Circularity Objection argues that reflective equilibrium fails because it has no principled, (...) non-circular way of sorting whatever is put into the method. The moves required to avoid both objections are instructive. Reflective equilibrium requires a meta-justification, and we offer one that appeals to the epistemic goods that underwrite a view known as phenomenal conservatism. Reflective equilibrium calls on us to start with what seems most likely to be true and to alter that collection of judgments in the ways that seem most likely to get us to the truth. Proceeding in this way is epistemically defensible and unavoidable. Hence, reflective equilibrium is not just good, it’s phenomenal. (shrink)

Social contract thought has always contained multiple and mutually conflicting lines of argument; the minimalist contractarianism so influential today represents the weaker of two main constellations of claims. I make the case for a Kantian contract theory that emphasizes the bedrock principle of consent of the governed instead of the mere heuristic device of the exit from the state of nature. Such a shift in emphasis resolves two classic difficulties: tradi- tional contract theory’s ahistorical presumption of a pre-political settlement, and (...) its impossibly high demands on citizens seeking to practice self-rule. Kant’s solutions to these problems of property rights and citizenship are found in his political works, rather than the ethical works through which Kant’s political theory is usually interpreted. (shrink)

Sebastian Rödl’s 2018 book articulates and unfolds the thought that judgment’s self-consciousness is identical with its objectivity. This view is laid forth in a Hegelian spirit, against the spirit of Kant’s merely formal or transcendental idealism. I review Rödl’s central theses and then offer a criticism of his reading of Kant. I hold that we can agree with Rödl that self-consciousness is identical with objectivity (though only in a ‘formal’ sense). We can also agree with Rödl that this identity enables (...) us to see the completeness and the incompleteness of judgment as two sides of one coin. And, it is not necessary to reject the formality or ‘emptiness’ of Kant’s ‘I think’ in order to establish these points. Indeed, the virtues of these theses flows directly from such notions in Kant. And, because Rödl need not reject the central features of Kant’s formal idealism, he also need not locate them as the source of the need for a turn to Hegel. (shrink)

I argue that, for Kant, there is a point at which the notions of self-consciousness and self-limitation become one. I proceed by spelling out a logical progression of forms of self-consciousness in Kant’s philosophy, where at each stage we locate the limits of the capacity in question and ask what it takes to know those limits. After briefly sketching a notion of self-consciousness available even to the animal, we look at whether there could be a notion of self-consciousness available to (...) the capacity of human sensibility. At this stage I argue that Kant and Heidegger (or Heidegger’s Kant) share a conception of what it is to be self-limiting through self-consciousness. I then critically examine this conception, and, specifically, the way in which it fails to account for the most essential form of self-limitation in Kant’s critical philosophy—namely, the form of self-limitation which rejects spatial and temporal articulation. The conclusion we reach is that Kant’s theory of transcendental self-consciousness is a theory of the activity of thinking as determining itself (including its limits) non-spatially and non-temporally. (shrink)

Enactivism has the potential to provide a sense of teleology in purpose-directed action, but without violating the principles of efficient causation. Action can be distinguished from mere reaction by virtue of the fact that some systems are self-organizing. Self-organization in the brain is reflected in neural plasticity, and also in the primacy of motivational processes that initiate the release of neurotransmitters necessary for mental and conscious functions, and which guide selective attention processes. But in order to flesh out the enactivist (...) approach in a way that is plausible and not merely an epiphenomenon, it is necessary to confront the problem of causal closure in a serious way. Atoms and molecules in the brain do not violate the normal causal principles that govern them in other contexts. The theory of self-organizing dynamical systems must be developed in a way that is compatible with causal closure rather than contradicting it. (shrink)

Le but de ce texte est de mettre en évidence les équi­valences entre la façon dont le concept de conatus résout, dans l'Éthique, le problème de l'unité modale complexe. en rendant consis­tant le concept de chose singulière en tant que celle-ci doit être consi­dérée comme un légitime sujet d'attribution d'états, et la façon dont ce même concept dessine le rapport cognitif de l'esprit avec lui-même, rapport par lequel l'esprit se saisit comme sujet de ses états et qui ca­ractérise la notion (...) moderne de subjectivité. Ainsi, en éclairant cet as­pect du concept spinoziste de chose singulière. on comprendra aussi, de façon indirecte, l'une des conditions par lesquelles les choses peuvent, dans la doctrine spinoziste, devenir des objets ou des signes pour la connaissance humaine. (shrink)

On the background of explaining their different notions of analyticity, their different views on definitions, and some aspects of Frege’s notion of sense, three important Kantian strands that interweave into Frege’s view are exposed. First, Frege’s remarkable view that arithmetic, though analytic, contains truths that “extend our knowledge”, and by Kant’s use of the term, should be regarded synthetic. Secondly, that our arithmetical (and logical) knowledge depends on a sort of a capacity to recognize and identify objects, which are given (...) us in particular ways, constituting their senses (Sinne). Third, that there is a sense in which Frege’s view of definitions and explications gives new substance to Kant’s leading idea of analyticity, namely, the containment of a truth or a concept in another. In all these, Frege’s view does not endorse the Kantian strands as they are, but gives them special and sometimes quite sophisticated twists. (shrink)

Murdoch and Levinas both believe that our humanity requires us to suppress our natural egoism and to be morally responsive to others. Murdoch insists that while such a morality presupposes a ’transcendent background’, God should be kept out of the picture altogether. By contrast, Levinas argues that, in responding morally to others, we make contact with God (though not the God of traditional Christianity) and that in doing so we become more God-like. I attempt to clarify their agreements and differences, (...) and I offer some criticisms of their conception of humanity, God, and the relationship between them. (shrink)

Discussions of sexual ethics often focus on the wrong of treating another as a mere object instead of as a person worthy of respect. On this view, the task of sexual ethics becomes putting the other’s subjectivity above their status as erotic object so as to avoid the harms of objectification. Ward and Anderson argue that such a view disregards the crucial, moral role that erotic objecthood plays in sexual encounters. Important moral features of intimacy are disclosed through the experience (...) of being an erotic object for another, as well as in perceiving another as an erotic object. Drawing on phenomenology, especially the insights of Simone de Beauvoir, Ward and Anderson argue that erotic encounters are shaped by the human condition of ambiguity, where being an object for others is intertwined with bodily agency. Because sexual agency is complex in this way, theories of sexual ethics and responsibility must widen their focus beyond transparent communication and authoritative expressions of will. (shrink)

Kant describes the understanding as a faculty of spontaneity. What this means is that our capacity to judge what is true is responsible for its own exercises, which is to say that we issue our judgments for ourselves. To issue our judgments for ourselves is to be self-conscious – i.e., conscious of the grounds upon which we judge. To grasp the spontaneity of the understanding, then, we must grasp the self-consciousness of the understanding. I argue that what Kant requires for (...) explaining spontaneity is a conception of judgment as an intrinsic self-consciousness of the total unity of possible knowledge. This excludes what have been called ‘relative’ accounts of the spontaneity of the understanding, according to which our judgments are issued through a capacity fixed by external conditions. If so, then Kant conceives of understanding as entirely active. Or, to put it another way, he conceives of this capacity as absolutely spontaneous. (shrink)

A World of Muscle, Bone & Organs: Research and Scholarship in Dance is an e-book exploring contemporary ideas and themes in the research and practice of dance. It contains 23 chapters written by researchers at the Centre for Dance Research (C-DaRE), Coventry University, and is divided into six sections: Spaces of Practice, Philosophy, Communities, Politics, Data and Thinking, and Epistemology.

Rationalization, in our intended sense of the term, occurs when a person favors a particular conclusion as a result of some factor (such as self-interest) that is of little justificatory epistemic relevance, if that factor then biases the person’s subsequent search for, and assessment of, potential justifications for the conclusion. Empirical evidence suggests that rationalization is common in people’s moral and philosophical thought. We argue that it is likely that the moral and philosophical thought of philosophers and moral psychologists is (...) also pervaded by rationalization. Moreover, although rationalization has some benefits, overall it would be epistemically better if the moral and philosophical reasoning of people, including professional academics, were not as heavily influenced by rationalization as it likely is. We discuss the significance of our arguments for cognitive management and epistemic responsibility. (shrink)

Phenomenology and physiology become commensurable through a self-organizational physiology and an "enactive" view of consciousness. Self-organizing processes appropriate and replace their own needed substrata, rather than merely being caused by interacting components. Biochemists apply this notion to the living/nonliving distinction. An enactive approach sees consciousness as actively executed by an agent rather than passively reacting to stimuli. Perception does not result from mere stimulation of brain areas by sensory impulses; unless motivated organismic purposes first anticipate and "look for" emotionally relevant.stimuli, (...) brain-sensory processing is not accompanied by perceptual consciousness. To see a soccer ball requires looking for it in the right place. The sell-organizing, emotionally motivated agent instigates this looking-for activity. (shrink)

The contribution of Jacques Maritain to twentieth century political philosophy has been widely noted. This paper explores the implications of Maritain’s work and life for contemporary spirituality, in particular, for a spirituality that might nourish and shape democratic participation. It finds the roots of such a spirituality in Maritain’s integral vision of the person, and his view of saints as those persons who alone have fully resolved the human condition. Maritain argues that while sanctity so defined is universal, it must (...) be adapted to the changing conditions of history. Contemporary democracy, in particular, has expanded the possibilities of the human being’s temporal task, and so calls for new styles of sanctity to embrace the new range of human activity. This paper explores the characteristics of sanctity in a democracy, according to Maritain. It finds that the defining features of such sanctity are solidarity, embodied in suffering and fraternal love, and contemplation diversely expressed through both prayer and action. Finally it explores the implications of Maritain’s spirituality for contemporary Catholic citizens. (shrink)

The tripartite account of propositional, fallibilist knowledge that p as justified true belief can become adequate only if it can solve the Gettier Problem. However, the latter can be solved only if the problem of a successful coordination of the resources (at least truth and justification) necessary and sufficient to deliver propositional, fallibilist knowledge that p can be solved. In this paper, the coordination problem is proved to be insolvable by showing that it is equivalent to the ''''coordinated attack'''' problem, (...) which is demonstrably insolvable in epistemic logic. It follows that the tripartite account is not merely inadequate as it stands, as proved by Gettier-type counterexamples, but demonstrably irreparable in principle, so that efforts to improve it can never succeed. (shrink)

In this essay, we describe practices developed by the philosophy department at the University of Oklahoma to promote fair and inclusive recruitment, application review, and hiring for faculty positions.

In this paper we describe a few interrelated issues for validating theories that posit levels of consciousness. First, validating levels of consciousness requires consensus about the ordering of conscious states, which cannot be easily achieved. This problem is particularly severe if we believe conscious states can be irreducibly smeared over time. Second, the relationship between conscious states is probably sometimes intransitive, which means levels of consciousness will not be amenable to a single continuous measure. Finally, even if a multidimensional approach (...) to levels of consciousness is adopted, we argue that there are further problems for its validation. (shrink)

In this paper, I explain why people seeking to flourish together fairly in the im- perfect world we share today ought to support a universal carbon tax with no exception for international aviation. The argument proceeds in four steps. First, I provide a free-standing analysis of emissions behavior at the individual moral level. Second, I offer a picture of ideal and non-ideal coordination based mostly on Kantian social contract theory. Third, I argue that in a non-ideal context, moral signals about (...) right relation offer a coordinating fulcrum around which meaningful if only partly coordinated action is possible. Fourth, I apply these conclusions to the case of aviation exceptionalism, focusing especially on instances of incomplete, overlapping, partly coordinated climate actions. I conclude that these arguments together amount to a case for reversing the Chicago Convention and applying a universal carbon tax that does not exclude international flights, ending aviation exceptionalism. (shrink)

This book presents Robert S. Hartman’s formal theory of value and critically examines many other twentieth century value theorists in its light, including A.J. Ayer, Kurt Baier, Brand Blanshard, Paul Edwards, Albert Einstein, William K. Frankena, R.M. Hare, Nicolai Hartmann, Martin Heidegger, G.E. Moore, P.H. Nowell-Smith, Jose Ortega y Gasset, Charles Stevenson, Paul W. Taylor, Stephen E. Toulmin, and J.O. Urmson.

Je cherche à explorer comment l'expérience de la temporalité est multiforme et fortement perturbée à l'époque de la pandémie Covid-19 et des politiques de confinement, générant une expérience d'hétérochronie, qui remet en question notre rapport à la vie.

'A Differential Play of Forces' is a study of transcendental empiricism in musical contexts. It presents a reading of Gilles Deleuze and Félix Guattari’s philosophical apparatus and explores how music can be thought of as functioning in the operation Deleuze terms transcendental empiricism. Central to transcendental empiricism is the idea of an encounter with intensive difference and the consequent experience of intensive and virtual forces. The thesis sets out to explore this idea in three interwoven steps. First, it develops transcendental (...) empiricism as a philosophical framework, expounding central notions related to time and aesthetic experience. In the context of this philosophical apparatus, music is then discussed as an encounter with intensity and what this may entail for our understanding of musical experience and its potential. The third part of the thesis explores the idea of experiencing intensive forces through music in the thinking and poietic of three composers of the twentieth century: Arnold Schönberg, Olivier Messiaen and Giacinto Scelsi. The thesis develops three ‘images of thought’ corresponding, respectively, to the composers’ expressed theoretical ideas, identifying central concepts from Deleuze and Guattari’s philosophy. A mutual illumination of ideas about music and transcendental empiricism is thus presented, pointing towards a possible convergence between theory and practice, thinking and aesthetic experience as a differential play of intensive forces. (shrink)

Commentary on Walsh, E. 2020. Cognitive transformation, dementia, and the moral weight of advance directives. The American Journal of Bioethics. 20(8): 54–64.

In this аrtiсlе, thе аuthоr fосusеs оn еluсidаting sоmе philоsоphiсаl аspесts оf intеrсulturаl соmmuniсаtiоn in thе соntеxt оf glоbаlizаtiоn оn thе bаsis оf rесоgnizing thе соntributiоns аnd limitаtiоns оf Wittgеnstеin tо thе birth оf philоsоphy. сulturе study. Thоsе philоsоphiсаl issuеs аrе: thе similаrity in thinking аnd асting оf pеоplе асrоss сulturеs; divеrsity оf сulturеs, wоrldviеws аnd wаys оf lifе. Frоm thе Mаrxist pоint оf viеw, thе аuthоr pоintеd оut аnd сritiсizеd thе limitаtiоns оf Wittgеnstеin's philоsоphiсаl соnсеptiоn; аnd аt thе sаmе (...) timе оffеr аnd еxplаin sоlutiоns tо implеmеnt intеrсulturаl соmmuniсаtiоn in thе соntеxt оf сurrеnt glоbаlizаtiоn. (shrink)

Galileo’s Error is a superlative work of public philosophy, particularly as a way of introducing modern academic panpsychism to a broader audience. In this commentary, I reflect on an issue that is prominent, though often with different background concerns, in both academic and popular discourse: what it means to be ‘scientific’ or ‘unscientific’. Panpsychism is not itself a scientific hypothesis, but neither is it (as critics sometimes claim) in conflict with science. Indeed, Goff argues, and I agree, that panpsychism is (...) an eminently scientific worldview, in the sense of a way of viewing reality that accords with and embraces what science reveals. But what exactly it means to ‘accord with and embrace’ science is disputed; this paper tries to untangle some of the threads. (shrink)

In this essay I explore the encounter between religion and music via ideas taken from Olivier Messiaen. I first present his categorization of music and the concepts of sound-colour and dazzlement as the 'directional meaning' of music. I then show how Messiaen relates this to the phenomena of natural resonance and afterimages, and based on this, I present-via Goethe and Rudolf Steiner-the notion of an etheric, evanescent or incorporeal matter. This understanding and experience of matter is then brought to bear (...) on music. In this context the notion of a 'religious experience' can be understood as both referring to content and sentiment related to a religious belief, and, in a more general sense of 'religare' (to bind), as a deeper bond with the material-temporal flow of nature. This gives way to a Johannine vision of Messiaen's musical thinking where the creative-sounding Logos or 'word' is both spirit and matter, and where music may represent a potential awakening to this reality. (shrink)

In Embracing Paradox, Evolving Language, L.E. Maroski proposes that humanity is poised on the cusp of a transformation of consciousness that requires not only a shift in values and perspectives, but also a shift in a basic technology we take for granted—language. Because we use language to create social structures and institutions, including education, governance, and our most intimate relationships, the structure of our language contributes to the way we structure those creations. Maroski questions the cultural assumptions that are built (...) into the structure of language—primarily English—and invites the reader to imagine and ultimately to help develop novel structures of language that arise from different assumptions. To do so, she shows how we can draw inspiration from paradoxical topological forms, such as the Möbius strip and Klein bottle, as they embody both unity and duality/multiplicity. By seeing our reality not simply in terms of either/or but also in terms of both (many)/and, perhaps our feelings of fragmentation and the stultifying oppositions that have polarized society can transform into appreciation for the wholeness of all existence. (shrink)

Politics, Philosophy & Economics, Volume 21, Issue 2, Page 165-189, May 2022. It is generally acknowledged that a certain amount of state intervention in health and health care is needed to address the significant market failures in these sectors; however, it is also thought that the primary rationale for state involvement in health must lie elsewhere, for example in an egalitarian commitment to equalizing access to health care for all citizens. This paper argues that a complete theory of justice in (...) health can be derived from a commitment to correcting market failure, or in other words promoting Pareto-efficiency, in the domain of health. This approach can address familiar problems around access to care, as well as problems related to resource allocation and rationing, the control of health care costs, and the foundations of public health. Egalitarian theories of justice in health cannot make sense of the depth and pervasiveness of state involvement in health and health care; only a theory rooted in the need to correct market failure can. (shrink)

Motivated ignorance is an incentivized absence of knowledge that arises in circumstances of unequal power relations, a self-protective non-knowing which frees individuals from having to reflect on the privileges they have in virtue of membership in a dominant social group. In philosophical discussions, the term “motivated ignorance” gets used interchangeably with “willful ignorance.” In the first half of this paper, using Charles Mills’ (2007) white ignorance as the defining case, I argue that this is a mistake. A significant swath of (...) cases of motivated ignorance are non-willful, or deep, following Rik Peels (2010). But in all cases, benefits accrued to some in virtue of their social position are gained and maintained at the expense of harms to others. In the second half of this paper, I argue that these harms are what ground attributions of culpability in cases of motivated ignorance and drive the normative requirement that the subject know better, so long as the facts in question are ordinarily and easily knowable (in a sense to be specified). Willfulness is not a necessary condition for culpability, even if it is a sufficient one. (shrink)